Plano Estratégico para Disseminação do BIM
É com grande entusiasmo e senso de responsabilidade que me dirijo a vocês como presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Sistema de Modelagem da Informação da Construção (FP/BIM), neste momento histórico em que apresentamos o Plano
Presidente - Dep. Julio Lopes (PP-RJ)
Estratégico de Disseminação do BIM no Brasil. Este documento não é apenas um compêndio de diretrizes e objetivos; é, sobretudo, um mapa que nos guiará rumo à revolução digital na construção civil, promovendo um salto qualitativo inédito em nossa história.
Objetivos
Acompanhamento
Acompanhar a política oficial de desenvolvimento do uso de novas tecnologias de modelagem de informação, manifestando-se quanto aos aspectos mais importantes de sua aplicabilidade;
Comissões
Procurar, de modo contínuo, o aperfeiçoamento da legislação referente à tecnologia de modelagem de informação, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas na Câmara dos Deputados;
Apoio
Apoiar as instituições interessadas no desenvolvimento de novas tecnologias de modelagem da informação, junto a todos os Poderes, inclusive em questões orçamentárias no caso das entidades públicas;
Debates
Promover debates, simpósios, seminários e outros eventos pertinentes ao exame da política de desenvolvimento de tecnologias de modelagem de informação.
Desafios
Padronização
Promover o avanço tecnológico e a padronização dos processos do setor construtivo. Estimular a adoção de práticas de gestão atualizadas, a racionalização dos métodos e dos processos e a inovação na indústria da construção;
Qualificação
Ampliar a qualificação da mão de obra do setor da construção e capacitá-la para o trabalho em BIM;
Meio Ambiente
Reduzir o impacto ambiental do setor da construção através dos usos do BIM.
Estruturação
Promover a estruturação do setor público para as necessidades específicas das contratações em BIM, fomentando o cumprimento dos objetivos da Estratégia BIM BR pelos órgãos e entidades públicas brasileiras. Promover o aperfeiçoamento contínuo da legislação referente ao BIM;
Regulação
Aperfeiçoar o ambiente regulatório e a normatização para a implantação do BIM no País e avançar na padronização dos trabalhos e processos BIM.
Entraves nos setores público e privado
Setor público
-
Desconhecimento do processo de implementação;
-
Falta de estruturação interna;
-
Necessidade de capacitação de gestores e agentes públicos;
-
Financiamento ainda insuficiente;
-
Resistência à mudança;
-
Legislação atual não detalha os requisitos específicos para o uso do BIM em projetos públicos
Setor privado
-
Falta de experiência técnica dos projetistas na metodologia
-
Necessidade de treinamento dos profissionais envolvidos no projeto;
-
O alto custo dos investimentos (aquisição de hardware e software, capacitações e treinamentos, consultorias de implementação e reestruturação dos processos interno)
-
Dificuldade de acesso a crédito;
-
Necessidade de mudança nos processos e na cultura já consolidados pelas empresas;
-
Incertezas sobre o processo de implementação.
Plano de ação
1. Aperfeiçoamento da legislação (lei nº 14.133/21 e decreto nº 10.306/20);
1.1. Criação de Núcleos e Laboratórios BIM em nível subnacional;
1.2. Criação de Salas BIM nos Conselhos, Universidades e Institutos Federais;
2. Busca de apoio ministerial e institucional para atender as demandas orçamentárias de estruturação do setor público;
2.1. Busca de apoio e ministerial e institucional para atender as demandas orçamentárias necessárias à estruturação do setor privado para a implantação do BIM;
2.2. Incentivo à atualização do corpo docente dos cursos de engenharia e arquitetura das universidades brasileiras;
2.3. Inclusão do ensino de competências BIM na grade curricular dos cursos de engenharia e arquitetura;
2.4. Incentivo à capacitação da mão de obra do setor construtivo, especialmente no que tange ao desenvolvimento de conhecimento e habilidades necessários ao trabalho em BIM;
2.5. Fomento ao desenvolvimento de projetos referenciais completos em BIM.
2.6. Fomento à edição de decretos estaduais e municipais que tornem a adoção do BIM obrigatória nas contratações públicas e estabeleçam projetos piloto para a sua adoção, vinculando órgãos e entidades.